Agora, em Porto Alegre, as passagens de ônibus custam R$ 2,95, enquanto o salário mínimo alcança R$ 724,00. Na soma da ida e da volta do trabalho, o transporte custa para o trabalhador R$ 5,90.
Aqueles que trabalham 5 dias úteis no mês, gastam em média 22 passagens de ida e 22 de volta, o que resulta na soma de R$ 129,80. Isso representa 18% do salário mínimo.
Considerando 22 dias úteis e 8 horas trabalhadas, cada pessoa investe mais de uma hora/dia somente para pagar o transporte, já que uma hora trabalhada equivale a R$ 4,11.
Ok! Mas em quais condições o trabalhador investe esses 18% de sua renda?
Ônibus lotados, sem segurança, pessoas em pé no corredor com motoristas que não respeitam o excesso de velocidade.
Aí eu faço duas perguntas:
1- Por que o motorista de carro é obrigado a usar sinto de segurança para a sua proteção e para não ser multado?
2- Por que quem utiliza o transporte público pode ficar em pé no corredor, sem a menor segurança?
Qual é a diferença?
Somente consigo visualizar um comum entre essas duas perguntas, que é a segurança das pessoas.
Fique atento!
Você que é eleitor, sabe o que o seu parlamentar está fazendo por você em relação ao transporte público?
O vereador Pedro Ruas (P-SOL) está coletando assinaturas para instalação de uma CPI, e até o momento somente 10 vereadores apoiaram a sua proposta. Veja matéria no Jornal do Comércio de hoje: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=158757
O legislativo da capital conta com 36 parlamentares.
Fique de olho, este ano, teremos novas eleições, muitos vereadores irão concorrer a vagas na Assembléia Legislativa. Acompanhe a política perto de você e ajude a mudar!